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sábado, 10 de dezembro de 2011

Em que medida se diferencia a EAD do modelo tradicional de Educação?

                                                       
Resumo

Com esta reflexão, objetiva-se perscrutar em que medida se diferencia a Educação a Distância do modelo tradicional de educação, em seus aspectos práticos.
Para tanto, faz-se necessário considerar o contexto socioeconômico que estamos vivenciando, a saber: Emergindo economicamente em uma geração de grandes avanços das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, fatos que lançam luz e, como um forte lampejo que evidencia a urgente demanda da educação, dá sinais de um atual e urgente desafio para a gestão das modalidades educacionais.
Há que se ressaltar as vantagens da Educação a Distância com seu modelo pedagógico marcado pela democratização do ensino que permite a autogestão do conhecimento, dando autonomia ao estudante, possibilitando o uso de recursos e didática da EAD que motivam tanto à inclusão na vida acadêmica, bem como à sua continuidade.
Os Órgãos responsáveis por regrar a Educação a Distância têm criado dispositivos legais que permitem a Avaliação Institucional de modo que se ofereçam Serviços com ensino de qualidade aos alunos de EAD.
 Palavras-chave: Democratização do ensino, Autonomia do estudante, Didática da EAD e Serviços de qualidade.

Introdução

“Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”.

Em um país de dimensões continentais como o nosso, um dos desafios da educação superior sempre foi vencer a barreira geográfica das grandes distâncias.

No passado, não muito distante, a educação em nível superior era segregada somente a uma população que habitava os grandes centros, onde se localizavam, de forma esparsa, as casas de ensino; agrilhoando assim, o desenvolvimento acadêmico a uma classe privilegiada, isto em detrimento da avassaladora maioria desprestigiada.

A Educação a Distância, em sua modalidade de 3ª geração, com o uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), possibilita aos alunos geograficamente distantes, a inclusão educacional ao conhecimento e “com serviços de qualidade”.

Esta disponibilização quanto ao acesso à interlocução entre aluno, professor e material didático, em casa, no trabalho, e em qualquer lugar, torna a modalidade da EAD como a verdadeira expressão de “democratização do ensino”.


Fundamentação teórica e discussão

Considerando as declarações de  Aretio, Corbella e Figaredo (2007)

 “... os princípios revelados pela EAD se acentuaram com as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs)”.

Tais princípios evidenciam a Educação a Distância como modalidade compatível para atender a demanda educacional do Brasil no cenário sócio econômico em que o país se encontra, principalmente porque democratiza o ensino quebrando barreiras geográficas e possibilitando, ao educando, flexibilidade e autonomia nos períodos e nos recursos para dedicação ao estudo.

Estamos vivendo uma geração de muitas transformações no mundo, bem como no Brasil. Um tremendo avanço está ocorrendo. As atividades como indústria, comércio, etc. a pleno vapor evidenciam algumas deficiências, principalmente na área da mão de obra especializada, que decorre do processo Educacional adotado até então.

Entendo EAD como a modalidade que veste como uma luva para atender a urgente formação acadêmica de profissionais em todo pais, isto face ao advento das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação que possibilitam à EAD uma didática adequada ao perfil de grande parte destes educandos em potencial.

A legislação brasileira da educação a distância vem aperfeiçoando o processo, estatuindo dispositivos legais que permitem avaliação institucional, com indicadores de qualidade, na busca de prestação de serviços que atenda, com excelência, a grande demanda educacional nos dias de hoje.

Com isto, a proposta pedagógica da educação a distância tem como alvo promover o acesso a conteúdos e atividades de aprendizagem a alunos que, por vários motivos, não conseguem participar de um curso presencial, dentre esses motivos encontra-se a incompatibilidade de jornada de trabalho, a distância geográfica onde mora, a desmotivação que o processo tradicional de ensino normalmente trás em seu bojo (ante o atrativo que as mídias seculares que as NTICs propõem para roubar o tempo de estudo do educando),etc.

Nesta linha, consideremos alguns aspectos peculiares da EAD que a diferenciam do modelo tradicional de educação, a saber:

1-EAD contribui para democratização do ensino na medida em que possibilita aos alunos geograficamente distantes, investirem em sua formação acadêmica;

2-Propicia autonomia ao estudante, vez que o direciona a prática e incentivo à pesquisa, possibilitando a consulta de materiais disponíveis, de acordo com a conveniência do local e tempo do aluno, que escolhe a melhor forma de interlocução com o professor e material didático.

3- Permite a autogestão da vida acadêmica, iniciando pela inclusão educacional ao conhecimento;

4- Utiliza-se de mídias que fascinam a sociedade moderna, tais como Internet, software didático, banco de dados, e até uso de redes sociais. Tudo isto também como fator motivacional para que os alunos persistam no estudo e fomenta a Interatividade.

Considerações finais

Educação a Distância é realmente uma modalidade diferenciada do Ensino Convencional. A didática de EAD pressupõe práticas pedagógicas que viabilizem interações entre professor, aluno e material didático de modo a desenvolver a auto-aprendizagem, a independência e a liberdade no ritmo dos estudos; isto é: “ensina ao aluno a como aprender”, e ter um perfil de autonomia e de autogestão do conhecimento.

Segundo Otto Peters (2001), “a autonomia se constitui como uma das características centrais da EAD, dando oportunidade, por um lado, que os aprendizes imprimam um ritmo de estudo de acordo com o que lhes for mais conveniente e, por outro lado, que estes avancem no seu aprendizado de acordo com o grau de maturidade, interesse e conhecimento prévio que detêm sobre determinado objeto de estudo, garantindo a autogestão do conhecimento.

Desta forma, vislumbro EAD como apta a atender as urgentes demandas da Educação.

Referências

ROESLER, Jussara. Os parâmetros legais para uma educação a distância de qualidade. Pós-Graduação 2011.

DEMO, P. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1994.


ARETIO, L. G.; CORBELLA, M. R.; FIGAREDO, D. D. De la educación a
distancia a la educación virtual. Barcelona: Ariel, 2007.

PETERS, O. Didática do ensino a distância: experiências e estágio da
discussão numa visão internacional. Tradução Ilson Kayser. São Leopoldo:
Unisinos, 2001
Autor Profº Jair Emidio