Postagens populares

sábado, 10 de dezembro de 2011

Em que medida se diferencia a EAD do modelo tradicional de Educação?

                                                       
Resumo

Com esta reflexão, objetiva-se perscrutar em que medida se diferencia a Educação a Distância do modelo tradicional de educação, em seus aspectos práticos.
Para tanto, faz-se necessário considerar o contexto socioeconômico que estamos vivenciando, a saber: Emergindo economicamente em uma geração de grandes avanços das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, fatos que lançam luz e, como um forte lampejo que evidencia a urgente demanda da educação, dá sinais de um atual e urgente desafio para a gestão das modalidades educacionais.
Há que se ressaltar as vantagens da Educação a Distância com seu modelo pedagógico marcado pela democratização do ensino que permite a autogestão do conhecimento, dando autonomia ao estudante, possibilitando o uso de recursos e didática da EAD que motivam tanto à inclusão na vida acadêmica, bem como à sua continuidade.
Os Órgãos responsáveis por regrar a Educação a Distância têm criado dispositivos legais que permitem a Avaliação Institucional de modo que se ofereçam Serviços com ensino de qualidade aos alunos de EAD.
 Palavras-chave: Democratização do ensino, Autonomia do estudante, Didática da EAD e Serviços de qualidade.

Introdução

“Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé”.

Em um país de dimensões continentais como o nosso, um dos desafios da educação superior sempre foi vencer a barreira geográfica das grandes distâncias.

No passado, não muito distante, a educação em nível superior era segregada somente a uma população que habitava os grandes centros, onde se localizavam, de forma esparsa, as casas de ensino; agrilhoando assim, o desenvolvimento acadêmico a uma classe privilegiada, isto em detrimento da avassaladora maioria desprestigiada.

A Educação a Distância, em sua modalidade de 3ª geração, com o uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), possibilita aos alunos geograficamente distantes, a inclusão educacional ao conhecimento e “com serviços de qualidade”.

Esta disponibilização quanto ao acesso à interlocução entre aluno, professor e material didático, em casa, no trabalho, e em qualquer lugar, torna a modalidade da EAD como a verdadeira expressão de “democratização do ensino”.


Fundamentação teórica e discussão

Considerando as declarações de  Aretio, Corbella e Figaredo (2007)

 “... os princípios revelados pela EAD se acentuaram com as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs)”.

Tais princípios evidenciam a Educação a Distância como modalidade compatível para atender a demanda educacional do Brasil no cenário sócio econômico em que o país se encontra, principalmente porque democratiza o ensino quebrando barreiras geográficas e possibilitando, ao educando, flexibilidade e autonomia nos períodos e nos recursos para dedicação ao estudo.

Estamos vivendo uma geração de muitas transformações no mundo, bem como no Brasil. Um tremendo avanço está ocorrendo. As atividades como indústria, comércio, etc. a pleno vapor evidenciam algumas deficiências, principalmente na área da mão de obra especializada, que decorre do processo Educacional adotado até então.

Entendo EAD como a modalidade que veste como uma luva para atender a urgente formação acadêmica de profissionais em todo pais, isto face ao advento das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação que possibilitam à EAD uma didática adequada ao perfil de grande parte destes educandos em potencial.

A legislação brasileira da educação a distância vem aperfeiçoando o processo, estatuindo dispositivos legais que permitem avaliação institucional, com indicadores de qualidade, na busca de prestação de serviços que atenda, com excelência, a grande demanda educacional nos dias de hoje.

Com isto, a proposta pedagógica da educação a distância tem como alvo promover o acesso a conteúdos e atividades de aprendizagem a alunos que, por vários motivos, não conseguem participar de um curso presencial, dentre esses motivos encontra-se a incompatibilidade de jornada de trabalho, a distância geográfica onde mora, a desmotivação que o processo tradicional de ensino normalmente trás em seu bojo (ante o atrativo que as mídias seculares que as NTICs propõem para roubar o tempo de estudo do educando),etc.

Nesta linha, consideremos alguns aspectos peculiares da EAD que a diferenciam do modelo tradicional de educação, a saber:

1-EAD contribui para democratização do ensino na medida em que possibilita aos alunos geograficamente distantes, investirem em sua formação acadêmica;

2-Propicia autonomia ao estudante, vez que o direciona a prática e incentivo à pesquisa, possibilitando a consulta de materiais disponíveis, de acordo com a conveniência do local e tempo do aluno, que escolhe a melhor forma de interlocução com o professor e material didático.

3- Permite a autogestão da vida acadêmica, iniciando pela inclusão educacional ao conhecimento;

4- Utiliza-se de mídias que fascinam a sociedade moderna, tais como Internet, software didático, banco de dados, e até uso de redes sociais. Tudo isto também como fator motivacional para que os alunos persistam no estudo e fomenta a Interatividade.

Considerações finais

Educação a Distância é realmente uma modalidade diferenciada do Ensino Convencional. A didática de EAD pressupõe práticas pedagógicas que viabilizem interações entre professor, aluno e material didático de modo a desenvolver a auto-aprendizagem, a independência e a liberdade no ritmo dos estudos; isto é: “ensina ao aluno a como aprender”, e ter um perfil de autonomia e de autogestão do conhecimento.

Segundo Otto Peters (2001), “a autonomia se constitui como uma das características centrais da EAD, dando oportunidade, por um lado, que os aprendizes imprimam um ritmo de estudo de acordo com o que lhes for mais conveniente e, por outro lado, que estes avancem no seu aprendizado de acordo com o grau de maturidade, interesse e conhecimento prévio que detêm sobre determinado objeto de estudo, garantindo a autogestão do conhecimento.

Desta forma, vislumbro EAD como apta a atender as urgentes demandas da Educação.

Referências

ROESLER, Jussara. Os parâmetros legais para uma educação a distância de qualidade. Pós-Graduação 2011.

DEMO, P. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1994.


ARETIO, L. G.; CORBELLA, M. R.; FIGAREDO, D. D. De la educación a
distancia a la educación virtual. Barcelona: Ariel, 2007.

PETERS, O. Didática do ensino a distância: experiências e estágio da
discussão numa visão internacional. Tradução Ilson Kayser. São Leopoldo:
Unisinos, 2001
Autor Profº Jair Emidio  
                                                             

sábado, 8 de outubro de 2011

A Quantas andam a Educação a Distância no Brasil?

O panorama da Educação a Distância no Brasil
Educação a Distância é compatível para atender a demanda educacional do Brasil no cenário sócio econômico em que o país se encontra, principalmente porque democratiza o ensino quebrando barreiras geográficas e possibilitando, ao educando, flexibilidade nos períodos e nos recursos para dedicação ao estudo.
Conceito: De acordo com a definição que consta no Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da LDB lei n.º 9.394/96 
“Educação a distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação."
Ainda... “não deve ser simplesmente confundida com o instrumental, com tecnologias a que recorre. Deve ser compreendida como uma prática educativa situada e mediatizada, uma modalidade de se fazer educação, de se democratizar o conhecimento. É, portanto, uma alternativa pedagógica que se coloca hoje ao educador que tem uma prática fundamentada em uma racionalidade ética, solidária e comprometida com as mudanças sociais” (PRETI, 1996, P.27).
Breve Histórico: Em pesquisa no site do MEC www.mec.gov.br/, pode-se observar a quantas andam a EAD no Brasil e como, em breve histórico, tem se tornado complexa e assumido papel de destaque no cenário da Educação, Observe:
1923 – Fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro que em 1936 foi doada ao Ministério da Educação e Saúde e no ano seguinte houve a criação do Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação. EM 1960 houve o inicio da ação sistematizada do Governo Federal em EAD; contrato entre o MEC e a CNBB: expansão do sistema de escolas radiofônicas aos estados nordestinos, que faz surgir o MEB – Movimento de Educação de Base.1965 – Iniciam os trabalhos da Comissão para Estudos e Planejamento da Radiodifusão Educativa e em 1970 a Portaria 408 institui para emissoras comerciais de rádio e televisão a obrigatoriedade da transmissão gratuita.
1973 – Projeto Minerva passa a produzir o Curso Supletivo de 1º Grau, II fase, envolvendo o MEC, Prontel, Cenafor e secretarias de Educação e em 1974 inicia-se o planejamento de cursos para habilitar professores leigos sem afastá–los do exercício docente e logo em 1978 foi lançado o Telecurso de 2 Grau, TV Cultura/SP e Fundação Roberto Marinho, com programas televisivos apoiados por fascículos impressos, para preparar o tele-aluno para os exames supletivos e em 1979 começa a utilização dos programas de alfabetização por TV (MOBRAL), em recepção organizada abrangendo todas as capitais dos estados do Brasil e de 1979 a 1983 foi implantado, em caráter experimental, pós-graduação Tutorial à Distância – pela Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior do MEC, com o objetivo de capacitar docentes universitários do interior do país.
1988 – "Verso e Reverso – Educando o Educador": curso por correspondência para capacitação de professores de Educação Básica de Jovens e Adultos/ MEC Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (EDUCAR), com apoio de programas televisivos através da Rede Manchete.
1991 – A Fundação Roquete Pinto, a Secretaria Nacional de Educação Básica e secretarias estaduais de Educação implantam o Programa de Atualização de Docentes, abrangendo as quatro series inicial do ensino fundamental e alunos dos cursos de formação de professores. Na segunda fase, o projeto ganha o titulo de "Um salto para o futuro".
1992 – 0 Núcleo de Educação a Distância do Instituto de Educação da UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), em parceria com a Universidade do Estado do Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Educação e com apoio da Tele-“University du Quebec” (Canadá), criam o projeto de Licenciatura Plena em Educação Básica: 1º a 4º series do 1º grau, utilizando o EAD. O curso é iniciado em 1995 e em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Ed. regulamenta a EAD no Brasil.
Dados atualizados sobre EAD no Brasil: O número de usuários de internet no Brasil ultrapassa 63 milhões, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e, 11% deles – o equivalente a quase 7 milhões de internautas – estudam ou já estudaram à distância pela web. É o que aponta um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Segundo o levantamento, dentre os brasileiros que fazem cursos on-line, 22% têm ensino superior, e 21% pertencem à classe A. Além disso, 12% deles são homens, e 10% são mulheres. A maior concentração de estudantes está na faixa de idade que vai de 25 a 34 anos (16%), o restante está bem distribuído entre os brasileiros de 16 a 44 anos.
A educação à distância vem conquistando cada vez mais adeptos no país. Prova disso é que nos últimos sete anos, a procura de alunos por esse modelo de estudos disparou mais de 2.000%.  O mais recente Censo mostra que, nos últimos dez anos, o número de matriculados em cursos de graduação a distância aumentou em mais de 15.000%. No ano 2000, havia 5.287 inscritos em todo o Brasil. Em 2009, esse número pulou para 838.125, e mulheres são maioria nessa modalidade (69%).
O Brasil é o quinto maior país do mundo em conexão com a internet, são 81,3 milhões de usuários, de acordo com pesquisas de mercado, ou seja, estudar virtualmente com a modalidade EAD será cada vez mais comum. Terá até o final do ano cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. A previsão é de Hélio Chave Filho, dir. de Reg. e Sup. da EAD do MEC.
Referências Legais em EAD: A Lei n.o 5.692/1971 já estatuía a utilização de rádio, TV, correspondência para atingir um maior número de alunos e em 1994, através do Decreto 1237 foi criado o Sistema Nacional de Educação a Distância pela Coordenadoria de EAD/MEC.
LDB n.º 9.394, de 20/12/1996 sendo promulgado o sistema de ensino brasileiro ganhou maior flexibilidade para a criação de novas metodologias de cursos e questões relativas à EAD.
Em 1998, o Decreto-Lei n.º 2.494, abordou a educação a distância como uma possibilidade de flexibilização de requisitos para admissão, horários e duração de cursos. A Portaria n.º 301, de 7/4/1998, regulamentou esse Decreto e define os procedimentos de credenciamento de instituições interessadas em oferecer cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância e no mesmo ano a Portaria n.º 641, de 13/5/98, autorizou cursos de graduação e orientou os tópicos que devem constar no projeto para solicitar a autorização de novos cursos.
O Decreto nº 2.561, de 27/4/98, alterou a redação dos arts. 11 e 12 do Decreto nº 2.494/98, mantendo sua essência. Esse decreto delegou ao Ministro da Educação o credenciamento de cursos a distância para as instituições vinculadas ao sistema federal de ensino e para as instituições de educação profissional em nível tecnológico e superior, bem como delegou às autoridades dos demais sistemas de ensino o credenciamento de cursos a distância para a educação de jovens e adultos, ensino médio e educação profissional de nível técnico.
A Portaria nº 2.253, de 18/10/2001, estatuiu que as instituições de Ensino Superior poderiam introduzir na matriz pedagógica e curricular de seus cursos superiores disciplinas que utilizem método não presencial. Em 13/5/98, autorizaram-se os cursos de graduação e em 3/4/2001 o Cons. Nac. de Educação estabelece as normas para a pós-graduação, lato e stricto sensu.
Em complemento às determinações específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e do Decreto 5.773 de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação.
Conclusão: A EAD vem sendo utilizada desde o século anterior, porém o uso desta modalidade de Educação vem crescendo em volume e importância na última década, isto por, ao menos, duas razões, vejamos: 1- aumento na demanda de educação, que não consegue ser atendida por meio do ensino presencial e 2- expansão das tecnologias de telecomunicações e informática (high tech), que proporcionam a comunicação em diversas modalidades de recursos entre pessoas de posição geográfica distante.
Referências Bibliográficas: PRETI, Oreste. Educação a Distância: uma prática educativa mediadora e mediatizada. In: (Org.). Educação a Distância: inícios e indícios de um percurso. Cuiabá: EdUFMT, 1996.).
Artigos: Fonte: band.com. br – Usuários da Internet no Brasil (acesso 02/10/2011), Artigos do IPEA www.ipea.gov.br/Inst. de Pesq. Econ. Aplic.(acesso em 03/10/2011);
Sites:
http://www.educacaoadistancia.blog.br/um-milhao-de-alunos-a-distancia-mec/#respond (acesso em 30/09/20110);
Decretos e Portarias: www.mec.gov.br (acesso 29/09/2011).
Portaria nº 2.253, de 18/10/2001; Decreto 5.622 de 20 de dezembro de 2005; Decreto 5.773 de junho de 2006; Decreto-Lei n.º 2.494; Decreto nº 2.561, de 27/4/98; LDB n.º 9.394, de 20/12/1996; Portaria 408/1970.
Autor: Profº Jair Emidio

sábado, 17 de setembro de 2011

Educação a Distância contribui para o Desenvolvimento Social.

Tenho respirado EAD.

A cada fôlego de novas postagens/reações nos blogs, informação em aula, debate com os colegas e até embates com os adversários, vejo EAD como a mais democrática das formas de Educação e a ferramenta apta para contribuir na distribuição do bolo, neste momento importante da Nação.

EAD “veste como uma luva” num país como o nosso de extensão Continental e população demográfica de quase 200 milhões de habitantes. Em franco crescimento econômico e prestes a se tornar a 6ª economia mundial.

O Brasil desenvolveu-se economicamente, porém lastreado até então na teoria do bolo, “crescer primeiro para distribuir depois”; teoria aplicada na década do milagre econômico (1967 a 1973) e que agora, neste novo impulso de crescimento, defende a divisão do bolo/desenvolvimento social com justiça social e distribuição da renda até então concentrada nas mãos de poucos.
Investir em EAD, como modelo próprio de educação, é investir em desenvolvimento social, principalmente com as ferramentas de alta tecnologia “online” às mãos, nesta fase denominada de 3ª geração da EAD, como explica o nobre professor João Mattar:

“EAD é uma modalidade de educação em que os professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias de comunicação...
Primeira Geração: Cursos por Correspondência
Segunda Geração: Novas Mídias e Univ. Abertas
Terceira Geração: EaD Online”

Outrossim, não é por igualdade social que as vozes uníssonas estão clamando agora? Como distribuir igualmente o bolo se a grande maioria não tiver acesso à Educação de forma democrática? Quem estuda mais, sabe mais e quem sabe mais, tem melhor renda.

Há anos atrás eu residia em uma pequena cidade do interior, desprovida de recursos, distante e sem transporte coletivo para as cidades vizinhas, estava fadada a expor seus moradores ao completo abandono quanto ao desenvolvimento da vida acadêmica e conseqüente desenvolvimento social; foi neste cenário que pude fazer um curso em uma Universidade Aberta onde as mídias eram a 2ª geração da EAD.

Tenho me convencido, também através neste debate social nos blogs, que o aluno de EAD desenvolve melhor performance que os demais, pois a própria essência da modalidade  faz com que ele tenha mais autonomia,  flexibilidade, maior comprometimento, disciplina, independência e torne-se um autodidata, trabalhando não somente o intelecto do educando, mas  também a musculatura profissional  para o perfil da sociedade moderna. 

Já vi este filme antes! Este é exatamente o perfil de profissional que o atual mercado de trabalho exige hoje.

Nesta linha, só resta-nos arregaçar as mangas e deixar “EAD surfar no “boom” tecnológico, conforme escrevi matéria em meu blog http://jairemidio.blogspot.com ; buscando oportunidades para, como educador, na prática, contribuir para que EAD seja difundido em larga escala (também conforme de minha autoria postada em meu blog).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O QUE É EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA?

Educação a distância é o processo de ensino aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial  e ou temporalmente.

É ensino aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.

Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial, parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.

Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.

A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.

Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.

Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.

Haja vista que o processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.

autor: José Manoel Moran
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997. 
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O que o educador pode fazer para que EAD seja difundido em larga escala?

Minhas reflexões quanto ao desafio do Educador em EAD, têm convergido para uma problemática:
Na prática, O que o educador pode fazer para que EAD seja difundido em larga escala?
O caminho está preparado, as ferramentas tecnológicas estão aí. Como contribuir a fim de viabilizar o uso de tais mídias para fomentar Educação à distância?
Minha proposta tem transitado no viés de potencializar o debate social em torno deste tema, a ponto de torná-lo popular não somente nos “blogs” de educadores, mas também a toda “boca grande”. Em todos os meios de comunicação que tivermos acesso, e isto de forma maciça e urgente.
Além do debate social, cada educador deve tomar conhecimento dos programas de inclusão digital de sua cidade e apresentar idéias aos legisladores (vereadores, deputados, etc.), bem como ao chefe do executivo, para aproveitar tais programas e implantar projetos de Educação à distância na região.
Na Lei de Diretrizes Orçamentárias que regra a distribuição da arrecadação municipal e Estadual, a área da educação, em tese, é a que possui maior recurso para ser utilizado (em média 25% do total arrecadado). Isto para ser gasto somente com educação. Faltam bons projetos para uso acertado desta fatia e nada impede que você apresente propostas que fomente a Educação à Distância.
A exemplo disto, cito a Prefeitura de São Paulo que através da Secretaria de Participação e Parceria/Coordenadoria de Inclusão Digital, implantou um programa denominado “TELECENTRO”. Possui aproximadamente 400 núcleos com média de 20 computadores cada.
“É um ambiente voltado para a oferta de cursos e treinamentos presenciais e à distância, informações, serviços e oportunidades de negócios visando o fortalecimento das condições de competitividade da microempresa e da empresa de pequeno porte e o estímulo à criação de novos empreendimentos. Serve como um instrumento para aproximar os empresários, as instituições públicas e privadas, as organizações não governamentais e a sociedade em geral
É composto por vários computadores interligados em rede local e conectados à internet e tem a orientação de monitores capacitados para atender às demandas dos usuários dos Telecentros.”
Entendo que os telecentros poderiam ser mais bem aproveitados em sua grade de ensino e, numa parceria conjunta entre Secretaria de Educação do Município (que possui dotação orçamentária própria para tal) e Universidades da iniciativa privada, que detenham “expertise” em EAD, implantar-se cursos em nível superior nos Telecentros. Criar um projeto, a título de sugestão, nesta linha a fim de apresentar aos órgãos públicos responsáveis, creio ser dever dos educadores que militam nesta seara.
Contribuições práticas em cada cidade. Envie e sugira projetos aos vereadores, prefeitos, deputados; fale sobre a importância e exeqüibilidade da EAD para sua região; promova debate social que fomente o uso da EAD e mostre suas vantagens.
Educador se houver silêncio em nós, “as pedras clamarão”.

EAD deve surfar no “boom” tecnológico

Estamos vivendo uma geração de muitas transformações no mundo, bem como no Brasil.
 Até há pouco tempo nosso pais era considerado uma “república das bananas”, devedor por muitos anos ao FMI e com uma economia característica da era das manivelas.
Um tremendo avanço está ocorrendo; somos hoje a sexta economia mundial e de “grande devedor” quase inadimplente, passamos a emergente credor de outros povos.
As atividades como indústria, comércio, etc. a pleno vapor trazem a luz algumas deficiências que no cenário econômico “tupiniquim” de outrora não tinham notoriedade.
Sem a mão de obra especializada para tocar esta enorme locomotiva, certamente haverá um apagão. Eu chamaria este celeuma de “santo problema”, vez que tal demanda é peculiar somente às sociedades com a economia em pleno crescimento.
Correr atrás do prejuízo. Enquanto patinávamos, dava-se ao luxo de “dar de ombros” às ferramentas e métodos avançados de Educação já utilizados nos países de 1º mundo (para a situação econômica pífia que vivíamos qualquer modelo mediano servia)
Tive a oportunidade de apresentar um projeto em Suécia há mais de 15 anos. Fiquei maravilhado com os métodos de Educação e a avançadíssima tecnologia daquele povo. Há décadas já valorizavam e desenvolviam métodos de EAD a larga escala. 
O Brasil não pode lançar mão de modelos eficazes de educação nesta nova era. A Educação a Distância trás em seu aporte a roupagem exata para suprir, com urgência, o déficit de mão de obra especializada.
EAD deve surfar no com o “Boom”, tecnológico que o país está vivenciando.
Há uma nova coqueluche nas políticas sociais que os governantes estão adotando. Tenho notado que, principalmente os homens públicos no exercício de cargos do executivo (prefeitos, governadores), copiam e imitam os líderes vizinhos em seus projetos sociais; o modismo agora é implantar política de “INCLUSÃO DIGITAL nas cidades”.
Os profissionais da educação devem abraçar  tal situação como um grande alicerce sobre o qual se pode construir o futuro da Educação a Distância de 3ª geração.
O velho adágio ainda está em voga: “Três coisas que nunca voltam atrás: A palavra dita, a flexa lançada e a oportunidade perdida.” Não percamos o “time” do EAD em nossa história. (Prof. Jair Emidio)
p://blog.joaomattar.com/1-abc-da-ead/#comment-54306